Visão, no sentido estrito, é a assimilação e percepção visual de tudo que está presente no mundo exterior, concebida a partir da utilização dos olhos e do cérebro. Os olhos são órgãos que funcionam como uma lente, permitindo e filtrando a entrada de luz. Sem luz, não há visão.
Já no sentido figurado, visão é a nossa capacidade de perceber e representar situações. Para isto precisamos também de um tipo de luz, que é a nossa experiência, ponto de vista e conhecimento do mundo.
Aristóteles, e os antigos gregos, conceituavam a luz de duas maneiras: lux, a luz divina, a força de criação, aquela presente no Antigo Testamento quando ele fala: “E Deus disse: Faça-se a Luz”. É a luz de dentro para fora. Aquela luz que podemos ver brilhando nos olhos das pessoas.
A outra luz era lúmen, a luz comum, do Sol, de uma vela, do monitor onde você está lendo este artigo. É aquela presente no Antigo Testamento quando ele fala “E fez Deus os dois grandes luminares, o luminar maior para governar o dia e a luz menor para governar a noite; fez também as estrelas. E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra, e para governar o dia e a noite, e para separar a luz das trevas. E Deus viu que isso era bom." Essa é a luz de fora pra dentro. A luz propriamente dita, aquela que usamos para enxergar (ou não) as coisas.
Essas são as duas luzes que influenciam e definem a nossa visão, e sempre estamos correndo atrás das duas: seja acendendo a luz de nossas casas quando escurece, aumentando a quantidade de lúmens presente no ambiente para que os nossos olhos possam funcionar e colocar em nossos cérebros as imagens do mundo exterior, seja conversando, estudando, meditando e nos esforçando para compreender o mundo, para que a nossa lux aumente.