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Edição #41 - Outubro 2016

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O CORPO-ONTOLÓGICO E AS ARTES DA CENA: uma abordagem corporal na formação do coach ontológico

“(...) comunicar interiormente com o mundo, com o corpo e com os outros, [é] ser com eles em lugar de estar com eles.”
MERLEAU-PONTY, Fenomenologia da Percepção

Este artigo faz parte de um estudo prático-teórico, em processo, para desenvolvimento de uma abordagem corporal particular na formação do coach ontológico.

O coaching ontológico é um tipo de prática que tem em sua estrutura o tripé corpo, emoção e linguagem. Po­rém, observamos que, em geral, na formação do coach, há menos estudos e procedimentos dedicados ao domí­nio corporal do que aos outros dois. Diante disso, nossa intenção é a criação de uma metodologia que auxilie o coach na construção de si mesmo, à luz de determina­dos conceitos filosóficos e da vivência de experiências sensíveis emprestadas das artes da cena – teatro, dan­ça, performance e performatividade. Desejamos, assim, não a criação de mais um pacote de ferramentas para que o coach utilize em suas interações com o coachee, mas uma prática dedicada ao coach para criar potência e presença, ampliar a escuta, aguçar a percepção e a sensibilidade, fortalecendo a conexão consigo mesmo e, como consequência, com o outro.

Neste texto, especificamente, refletiremos sobre qual corpo queremos quando falamos do corpo do coach on­tológico e sobre as motivações para a parceria com as artes da cena nesta construção.

Da filosofia

“O corpo é a grande razão, uma multipli­cidade com um só sentido, uma guerra e uma paz, um rebanho e um pastor.”
NIETZSCHE, "Assim falou Zaratustra"

Carregamos até os dias de hoje uma herança cultural que entende corpo como algo separado do pensamen­to e menos importante do que ele. Isto tem origem na Grécia antiga, no programa metafísico, no qual o corpo era considerado um obstáculo ao pensar por promover sedução pelos sentidos, nos levando a paixões descon­troladas e enganadoras de nossas almas. Do século XVll em diante, filósofos como Spinoza, Nietzsche, Bergson, Artaud, Foucault, Deleuze e Guattari, apontaram outras direções e sentidos para os estudos do corpo e do pensamento, questio­nando essa dicotomia e nos propondo corpos ativos, virtuosos e intensivos em lugar de corpos organizados, constran­gidos e práticos.

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