Atualmente, o ecossistema de saúde passa por desafios complexos, dentre eles estão: o desequilíbrio financeiro, a falta de engajamento nos tratamentos e em mudanças de estilo de vida necessárias para gerenciar doenças e uma vida com mais bem-estar, o burnout médico e das equipes multidisciplinares, muitas vezes em função de condições de trabalho absolutamente desfavoráveis, entre outros.
Como qualquer sistema complexo, soluções isoladas não resolverão o problema. Há que se ressignificar o modo de lidar com saúde, repensar as formas de remuneração do sistema, repensar o relacionamento médico/equipes de saúde e pacientes, e construir condições que permitam aumentar o conhecimento de todos sobre saúde e favoreçam as tomadas de decisão mais saudáveis e sustentáveis.
Com esse texto desejo ampliar a reflexão sobre o conceito de saúde e assim modificar nossa atuação no sistema, acredito que essa seja uma contribuição para a humanização na área.
Quando penso a partir da perspectiva sistêmica, minha maior referência é Fritjof Capra. Desde a década de 80, Capra discute e advoga pelo pensamento sistêmico em diversas áreas do conhecimento e na vida como um todo. Ao compreender o coaching em saúde como um recurso de empoderamento, educação e transformação, eu incluo essa abordagem teórica em minha prática profissional e procuro a cada dia atuar com maior coerência na vida pessoal.
Para Capra, a saúde é um processo em andamento, que inclui as interações entre todas as dimensões da vida.